13 de jun. de 2007

Fogos Florestais


Fogos Florestais


Causas

As causas dos incêndios florestais são das mais variadas. Têm na sua maioria, origem humana, quer por negligência e acidente (queimadas, queima de lixos, lançamento de foguetes, cigarros mal apagados, linhas eléctricas), quer intencionalmente. Os incêndios de causas naturais correspondem a uma pequena percentagem do número total destes acontecimentos.

A propagação de um incêndio depende das condições meteorológicas:

- A humidade dos combustíveis mortos (caruma, ramos secos, árvores e arbustos mortos) esta directamente relacionada com a humidade do ar. Quanto maior a humidade do material vegetal, menor a facilidade que este tem de entrar em combustão;
- A temperatura do ar está também relacionada com a sua humidade relativa. Temperaturas elevadas tornam os combustíveis mais secos e susceptíveis de entrarem em combustão;
- O vento é o responsável pela oxigenação da combustão e, consequentemente, intensifica a queima. É também o responsável pelo arrastamento de faúlhas que poderão provocar focos de incêndio a distâncias consideráveis e pela inclinação das chamas sobre outros combustíveis.

Depende do tipo do coberto vegetal:

A floresta portuguesa e constituída por pinheiro bravo e outras espécies, originárias ou não do nosso território: sobreiros, azinheiras, eucalipto e carvalhos. O pinheiro bravo tornou-se a espécie dominante no território continental português no último século. Reúne as condições necessárias para proporcionar desenvolvimentos de grandes incêndios, principalmente por se associar a vegetação arbustiva de grande combustibilidade. É em zonas com grandes áreas contínuas de pinheiro bravo que se verificam maiores extensões de área ardida. O eucalipto também e uma espécie de árvores bastante combustível. Por se encontrar, geralmente em povoamentos onde as extracções de matos não são frequentes, não possui grande taxa de destruição pelos incêndios. Os sobreiros e as azinheiras, essenciais constituintes dos sistemas agro-florestais alentejanos, são árvores resistentes ao fogo. A cortiça do sobreiro funciona ate como auto defesa da planta às altas temperaturas.
E ainda pode depender da secura do terreno, orografia do terreno e acessibilidades ao local do incêndio.
Um incêndio pode propagar-se pela superfície do terreno, pelas copas das árvores e através da manta morta. Os incêndios de grandes proporções são normalmente avistados a vários quilómetros, devido aos seus fumos negros e densos.

Danos/Riscos/Prejuízos

A floresta tem sido ao longo dos últimos anos alvo de danos significativos quer em termos de áreas ardidas quer em destruição de espécies. Embora seja difícil de quantificar, as emissões de gases e partículas libertadas durante um incêndio, podem ser responsáveis por alguns impactos ambientais.
Uma área devastada por um incêndio florestal, quando sujeita a chuvas intensas, pode tornar-se mais susceptível e originar mais facilmente, outro tipo de riscos tais como deslizamentos e cheias. Com a destruição da camada superficial vegetativa os solos ficam mais vulneráveis a fenómenos de erosão e transporte provocados pelas águas pluviais, reduzindo também a sua permeabilidade.

Para além da destruição da floresta os incêndios são responsáveis por:

- Perdas de vidas e ferimentos nas populações e em animais.
- Destruição de casas, armazéns, postes de electricidade.
- Cortes de vias de comunicação.
- Alterações, por vezes de forma irreversível, do equilíbrio do meio natural;
- Proliferação e disseminação de pragas e doenças (quando o material ardido não é tratado convenientemente.

Prevenção

- Não fazer queimadas em terrenos situados nos interiores das matas, nem a uma distância até 300 metros dos seus limites.
- Não fazer lançamentos de foguetes ou fogo de artificio dentro das matas nem numa distância até 500 metros dos seus limites.
- Não queimar lixos no interior das florestas nem numa distância até 100 metros dos seus limites.
- Não fazer lume de qualquer espécie no interior das matas e nas estradas que a atravessem e deve-se limpar o mato, num mínimo de 50 metros a volta habitações, armazéns, oficinas e outras instalações.

Como devemos agir e ajudar em caso de início de um fogo florestal

- Contactar de imediato os Bombeiros, Serviços Florestais, Forças de Segurança (GNR ou PSP) ou forças armadas. Utilizar o número 177 ou, se necessário, os avisadores de estrada;
- Na deflagração de um incêndio florestal tentar apagá-lo utilizando ramos ou abafadores;
- Relatar comportamentos suspeitos às autoridades.
- Não assistir aos incêndios, deixar livre os acessos para aqueles que combatem as chamas.
- A fim de evitar reacendimentos, colaborar, quando for solicitado pelas autoridades, nas operações de rescaldo e na vigilância pós rescaldo.

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