15 de jun. de 2007


Conclusão: eu e os meus colegas, concluímos que a maior parte dos inquiridos já sabem como devem agir numa situação de catástrofe.
Curiosamente, a situação mais preocupante relaciona-se com os fogos, onde somente 55% dos inquiridos sabem perfeitamente como devem agir, facto provavelmente explicável pela situação vivida anualmente no nosso país e pela incapacidade de resolver o problema.

13 de jun. de 2007

Inquérito: Catástrofes Naturais

Inquérito para um trabalho escolar

Participe se faz favor, repondendo às seguintes questões através da parte reservada aos comentários ou copie e cole e envie para este mail: blog_aacdf@hotmail.com

1 - Em caso de incêndio:

a – Tentava apagá-lo, utilizando ramos ou abafadores __

b - Fugia do local __

c – Esperava pela acção dos bombeiros __

2 – Em caso de incêndio, para que número contactava?

a - 112 __

b – 117 __

c – 119 __

3 - Durante uma cheia:

a – Desligava a corrente eléctrica, a água e o gás __

b – Desligava a corrente eléctrica e deixava a água e o gás ligado __

c – Agia normalmente __

4 - Em caso de seca:

a – Tomava banhos de imersão __

b - Reutilizava a água sempre que possível (exemplo: rega) __

c – Regava os campos __


Obrigado pela participação

Secas


Secas


Causas

As secas iniciam-se sem que nenhum fenómeno climático ou hidrológico as anuncie, e só se tornam perceptíveis quando está efectivamente instalada, ou seja, quando as suas consequências são já visíveis. As causas das secas enquadram-se nas anomalias da circulação geral da atmosfera, a que correspondem flutuações do clima numa escala local ou regional, gerando condições meteorológicas desfavoráveis, com situações de nula ou fraca pluviosidade, durante períodos mais ou menos prolongados.As condições para que uma seca se instale estão também relacionadas com outros factores como, por exemplo, o incorrecto ordenamento do território, insuficientes infra-estruturas de armazenamento de água, uma imensa utilização das reservas hídricas subterrâneas, uma gestão incorrecta do consumo de água, e até a desflorestação incontrolada do território.

Estas causas são agravadas por acções humanas:

- A destruição das florestas (desfloração).

- A substituição das espécies vegetais primitivas.

- A agricultura intensiva.

- O pastoreio.

Prejuízos

Os sectores mais prejudicados são geralmente a agricultura, a indústria e o próprio bem-estar da população.
Uma seca tem dois tipos de prejuízos directos e indirectos.


Directos:

- Deficiente fornecimento de água para abastecimento urbano.

- Prejuízos na agricultura, na indústria e na produção de energia hidroeléctrica.

- Restrições à navegação nos rios e à pesca em águas interiores.

Indirectos:

- Favorecimento de condições que levem à ocorrência e propagação de incêndios florestais.

- Problemas fitossanitários.

- Degradação da qualidade da água.

- Erosão do solo.

- A longo prazo, desertificação, nas regiões de climas áridos e semi-áridos.

Comos devemos agir e ajudar em caso de seca

Em situação normal:

- Manter toda a canalização doméstica em bom estado de forma a não haver perdas nas torneiras, nos autoclismos, nos esquentadores, nas máquinas de lavar e nas junções.

- Instalar reguladores de caudal nas torneiras.

- Instalar autoclismos com sistemas de redução de volume de água para descarga.

- Evitar os banhos de imersão e tomar duches rápidos.

- Usar apenas a água indispensável nas outras lavagens de higiene pessoal, mantendo tapado o orifício da bacia.

- Não deixar a água correr durante a lavagem dos dentes.

- Lavar a roupa ou a loiça nas máquinas, com a respectiva carga completa e usando programas curtos.

- Na lavagem da roupa e da loiça à mão usar apenas a água necessária.

- Fazer uma leitura regular do contador para saber a quantidade de água que se está a gastar.

- Utilizar como período de rega: antes das 7 horas da manhã ou após as 6 horas da tarde, quando a evaporação e menor.

Em situação de seca:

- Deve-se diminuir a quantidade de água no autoclismo colocando no seu depósito uma garrafa de plástico cheia de areia ou de água ( para que não fique a flutuar).

- Em caso de cortes no fornecimento de água, encher apenas as vasilhas estritamente necessárias para o seu consumo. Não encher piscinas.

- Não lavar automóveis nem outras viaturas.

- Reutilizar a água sempre que possível (exemplo: rega).

Cheias


Cheias


Causas

As cheias são fenómenos naturais extremos e temporários, provocados por precipitações moderadas e permanentes ou por precipitações repentinas e de elevada intensidade. Este excesso de precipitação faz aumentar o caudal dos cursos de água, originando o extravase do leito normal e a inundação das margens e áreas circunvizinhas. Nalgumas partes do globo as cheias podem dever-se também ao derretimento de calotes de gelo. As cheias podem ainda ser causadas pela rotura de barragens, associadas ou não a fenómenos meteorológicos adversos. As cheias induzidas por estes acidentes são geralmente de propagação muito rápida.

Prejuízos

Os prejuízos resultantes das cheias são perdas de vidas humanas e bens. O impacto económico da região afectada é geralmente significativo, podendo levar à destruição completa de explorações agrícolas e agro-pecuárias (entre outras). A prevenção e mitigação do efeito das cheias e, por isso, de extrema importância.

Prevenção

- Regularização do caudal dos rios recorrendo à construção de barragens.

- Construção de barragens.

- Preservação do coberto vegetal das áreas envolventes.

- Proibição de construção em leito de cheia.

Como devemos agir e ajudar em caso de cheia


Antes da cheia:

- Identificar pontos altos onde é possível o refúgio.

- Conhecer os sinais de aviso de cheias e de evacuação.

- Fazer um seguro da casa e do recheio.

- Manter em reversa e em condições de permanente utilização alimentos, água, medicamentos e agasalhos.

Na iminência de cheias:

- Proceder à evacuação do gado para locais seguros e libertar animais domésticos, que não seja possível conduzir para pontos altos não inundáveis.

- Mudar o recheio da casa para andares superiores.


Durante a cheia:

- Desligar a corrente eléctrica, a água e o gás.

- Sinalizar a presença.

Movimentos de terreno


Movimentos de terreno


Causas

As montanhas estão constantemente a ser desgastadas (química e fisicamente) pelos vários agentes erosivos. Um dos resultados desse desgaste é o deslizamento de terras, sobretudo em terrenos argilosos e que é potenciado por:
- Remoção da cobertura vegetal nas vertentes mais inclinadas contribui muitas vezes para a instabilidade dessas vertentes, uma vez que a vegetação ajuda a fixar os solos, ao mesmo tempo que reduz a escorrência das águas.
- Cortes efectuados em algumas vertentes (para abrir estradas, por exemplo) retiram-lhes a base da sustentação, aumentando a probabilidade de esta se desmoronar ou deslizar.

Prevenção

A prevenção passa por uma constante monitorização das áreas mais susceptíveis à ocorrência destes fenómenos (solo mais argiloso, maior inclinação das vertentes), embora muitas vezes não seja possível evitar os movimentos de terreno. A prevenção e algumas medidas que podem ser tomadas, pretendem evitar e diminuir as consequências destes fenómenos para a sociedade:
- A manutenção da cobertura vegetal das vertentes mais inclinadas ou a florestação quando esta cobertura não existe para, deste modo, contribuir para a fixação das terras.

- A elaboração de cartas de riscos a partir da inclinação das vertentes.

- A proibição da construção nas áreas de maior risco.

- A instalação de muros e taludes de sustentação de terras.

- Evitar instabilizar as vertentes, nomeadamente com a abertura de novas estradas.

- Cultivar os solos segundo as curvas de nível poderá evitar ou pelo menos minorar consequências trágicas.

Fogos Florestais


Fogos Florestais


Causas

As causas dos incêndios florestais são das mais variadas. Têm na sua maioria, origem humana, quer por negligência e acidente (queimadas, queima de lixos, lançamento de foguetes, cigarros mal apagados, linhas eléctricas), quer intencionalmente. Os incêndios de causas naturais correspondem a uma pequena percentagem do número total destes acontecimentos.

A propagação de um incêndio depende das condições meteorológicas:

- A humidade dos combustíveis mortos (caruma, ramos secos, árvores e arbustos mortos) esta directamente relacionada com a humidade do ar. Quanto maior a humidade do material vegetal, menor a facilidade que este tem de entrar em combustão;
- A temperatura do ar está também relacionada com a sua humidade relativa. Temperaturas elevadas tornam os combustíveis mais secos e susceptíveis de entrarem em combustão;
- O vento é o responsável pela oxigenação da combustão e, consequentemente, intensifica a queima. É também o responsável pelo arrastamento de faúlhas que poderão provocar focos de incêndio a distâncias consideráveis e pela inclinação das chamas sobre outros combustíveis.

Depende do tipo do coberto vegetal:

A floresta portuguesa e constituída por pinheiro bravo e outras espécies, originárias ou não do nosso território: sobreiros, azinheiras, eucalipto e carvalhos. O pinheiro bravo tornou-se a espécie dominante no território continental português no último século. Reúne as condições necessárias para proporcionar desenvolvimentos de grandes incêndios, principalmente por se associar a vegetação arbustiva de grande combustibilidade. É em zonas com grandes áreas contínuas de pinheiro bravo que se verificam maiores extensões de área ardida. O eucalipto também e uma espécie de árvores bastante combustível. Por se encontrar, geralmente em povoamentos onde as extracções de matos não são frequentes, não possui grande taxa de destruição pelos incêndios. Os sobreiros e as azinheiras, essenciais constituintes dos sistemas agro-florestais alentejanos, são árvores resistentes ao fogo. A cortiça do sobreiro funciona ate como auto defesa da planta às altas temperaturas.
E ainda pode depender da secura do terreno, orografia do terreno e acessibilidades ao local do incêndio.
Um incêndio pode propagar-se pela superfície do terreno, pelas copas das árvores e através da manta morta. Os incêndios de grandes proporções são normalmente avistados a vários quilómetros, devido aos seus fumos negros e densos.

Danos/Riscos/Prejuízos

A floresta tem sido ao longo dos últimos anos alvo de danos significativos quer em termos de áreas ardidas quer em destruição de espécies. Embora seja difícil de quantificar, as emissões de gases e partículas libertadas durante um incêndio, podem ser responsáveis por alguns impactos ambientais.
Uma área devastada por um incêndio florestal, quando sujeita a chuvas intensas, pode tornar-se mais susceptível e originar mais facilmente, outro tipo de riscos tais como deslizamentos e cheias. Com a destruição da camada superficial vegetativa os solos ficam mais vulneráveis a fenómenos de erosão e transporte provocados pelas águas pluviais, reduzindo também a sua permeabilidade.

Para além da destruição da floresta os incêndios são responsáveis por:

- Perdas de vidas e ferimentos nas populações e em animais.
- Destruição de casas, armazéns, postes de electricidade.
- Cortes de vias de comunicação.
- Alterações, por vezes de forma irreversível, do equilíbrio do meio natural;
- Proliferação e disseminação de pragas e doenças (quando o material ardido não é tratado convenientemente.

Prevenção

- Não fazer queimadas em terrenos situados nos interiores das matas, nem a uma distância até 300 metros dos seus limites.
- Não fazer lançamentos de foguetes ou fogo de artificio dentro das matas nem numa distância até 500 metros dos seus limites.
- Não queimar lixos no interior das florestas nem numa distância até 100 metros dos seus limites.
- Não fazer lume de qualquer espécie no interior das matas e nas estradas que a atravessem e deve-se limpar o mato, num mínimo de 50 metros a volta habitações, armazéns, oficinas e outras instalações.

Como devemos agir e ajudar em caso de início de um fogo florestal

- Contactar de imediato os Bombeiros, Serviços Florestais, Forças de Segurança (GNR ou PSP) ou forças armadas. Utilizar o número 177 ou, se necessário, os avisadores de estrada;
- Na deflagração de um incêndio florestal tentar apagá-lo utilizando ramos ou abafadores;
- Relatar comportamentos suspeitos às autoridades.
- Não assistir aos incêndios, deixar livre os acessos para aqueles que combatem as chamas.
- A fim de evitar reacendimentos, colaborar, quando for solicitado pelas autoridades, nas operações de rescaldo e na vigilância pós rescaldo.